A decisão da Senhora Dilma Rousseff de comparecer ao julgamento do instrumento legal do impeachment, legitima o processo e acaba com a falácia do "golpe". Em um verdadeiro golpe não há espaço para defesa. Está-se diante de uma deposição de alguém do poder, sem direito a dar um piu, sequer. Não é o caso de agora, como também não foi golpe o expurgo sofrido pelo Ex-Presidente Collor, deposto conforme a fria letra da Constituição Federal.
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| Desta vez Dilma não vai poder "levar no grito" |
Dilma diz ao país de forma tácita que está jogando conforme os preceitos legais e, portanto, vai ao julgamento para falar, exercendo o amplo direito de defesa, que tem ocorrido durante todo o rito do impeachment. Se estiver pura será inocentada, caso contrário vai legalmente para o ostracismo e viverá a oitena constitucional - oito anos sem poder ocupar cargo público -. O próprio PT, que foi tão combativo para expulsar Collor do Palácio do Planalto sem falar em "golpe", mata o discurso que tentou implantar pelo mantra do "golpismo" com o comparecimento de livre e espontânea vontade da Senhora Rousseff ao julgamento, no dia 29, para tentar convencer a todos que é imaculada. Qualquer coisa em contrário é fil.
