Não debito na caderneta do ex-técnico do Asa, Maurílio Silva, a pífia campanha do representante de Arapiraca na Série C do Brasileiro. "Sem ovos não se faz omelete.", avisa o velho adágio popular. E este é o caso do Asa. Silva estava sem ovos no meio-campo e ataque - exceção a Leandro Kível - e sem elenco qualificado não poderia apresentar resultados dentro do campo. Dois meias de maior envergadura do que os que compõem o atual plantel e mais um atacante de escol, que possa entregar ao final da competição, somente ele, no mínimo dez gols ao time são fundamentais para que o discurso de acesso à Série B seja confirmado na prática. Sem isso fica muito difícil qualquer treinador conseguir resultados.
Maurílio não viu estrelas no Asa |
Maurílio não foi escolhido o melhor treinador do Alagoano, à toa. A mídia reconheceu nele um trabalho vencedor ao conduzir um time mediano à terceira posição no campeonato. Foi castigado por ter aceito entrar no Brasileiro com um time nota 7, principalmente no setor de meio-campo.
Não haverá milagreiro capaz de erguer o Asa se o elenco não for qualificado. Falta dinheiro para contratar, mas a dispensa de quem não joga e, principalmente de quem não produz em campo, poderia gerar o dinheiro para pagar atletas de melhor nível que possam entregar algo mais ao Alvinegro.
Outra coisa. Também não sei se um comandante-técnico de maior porte aceitaria conduzir o atual elenco do Asa e para deixar o time nas mãos de um "entregador de camisas" nada mudará. Todos sabemos que a verdadeira mudança passa por atletas mais capacitados dentro do campo defendendo o Asa.