Bola no Ar

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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Tá no ar

Confesso não entender o porquê de tanta sonora (gravação feita com alguém para ilustrar uma reportagem) repetida. Muitas vezes, um material que foi ao ar na sexta-feira ainda continua sendo veiculado na terça-feira da semana seguinte. O ouvinte chega a decorar o que é falado.


Grava e repete, e repete, e repete, e repete


Sem saudosismo e apenas lembrando os tempos áureos do rádio, quando uma sonora ia ao ar duas vezes, o responsável pela repetição era chamado para explicar o motivo de não ter apresentado um material mais moderno. O repórter era instigado a ter sempre uma novidade para apresentar, afinal de contas, notícia é o que é novo, senão não seria notícia.

E quando repetir uma sonora? Quando se tratar de um fato de extrema relevância, um ponto fora da curva, um acontecimento gigantesco. Exemplo: a fala de uma pessoa que matou um Presidente da República. Mas, atenção! Somente no primeiro momento é que vai ao ar na íntegra. Na chamada "suíte" (notícia que desdobra fatos), as  descobertas são passadas, e como forma de ilustrar, faz-se referência ao acontecido e pode-se repetir a parte principal da fala do assassino. Por exemplo. O momento em que o bandido conta como atirou, esfaqueou a vítima etc, para que em seguida um psicólogo, psiquiatra faça uma análise do que foi dito. Dá trabalho, mas o material fica muito mais interessante para a audiência.