Com o modismo ditado pela Rede Globo, agora o sonho do ex-jogador, que era ser treinador, mudou para comentarista-esportivo. A coisa está de tal forma que muito em breve todos os comentaristas serão egressos dos gramados. Os de formação acadêmica irão desaparecer pouco a pouco. Diante disso, aconselho ao amigo internauta que pensa em fazer uma faculdade de jornalismo para se transformar em comentarista-esportivo, mirar em outro ramo da mídia. Por outro lado teremos o surgimento de treinadores meramente teóricos. Pessoas que nunca chutaram uma esfera, mas que com muito estudo conseguirão entrar no mercado fechado da bola.
João Saldanha, excelente no campo e na comunicação |
Não sou absolutamente contra que os "boleiros" sigam a vida na "latinha" após encerrarem a carreira dentro do campo, mas o simples fato de ter jogado bola não garante domínio e segurança diante das câmeras e no uso do microfone. Se assim fossse, Pelé, Ronaldo e Romário seriam os melhores de todos, entretando são verdadeiros fracassos quando na posição de comentarista. Nem todos têm a capacidade de um Gerson, de um Tostão ou de um João Saldanha, o Papa do comentário (clique aqui para ouvir João Sem-Medo falando de Seleção Brasileira). Outra coisa. Via de regra os ex-jogadores falam apenas da parte técnica. Assuntos mais "pesados", como uso político das entidades, relações promíscuas com torcidas-organizadas e corrupção, passam batidos. É o que penso.