Há 58 anos escuto que as mulheres ganham menos que os homens. Fala-se apenas isso, sem que se mostre como os cálculos são feitos. Conversei com pessoas de diferentes empresas para confirmar o assunto. A resposta que obtive não bate com a afirmação.
O que chegou ao meu conhecimento foi que mulheres e homens que exercem a mesma atividade e têm o mesmo tempo de casa recebem rigorosamente o mesmo salário. Então, onde estaria a diferença anunciada aos quatro-cantos? Somente os que propagam a notícia é que podem responder, apresentando, a fórmula que dá os números finais. Em tempo. A população brasileira é formada por 48,4% de homens e 51,6% de mulheres.
IBGE mostra superioridade numérica das mulheres em relação aos homens |
Sem que o estudo científico tenha sido apresentado, podemos partir de uma suposição. Somar-se-ia o salário de todas as mulheres e dividir-se-ia pelo total de pessoas do sexo feminino. O mesmo raciocínio valeria para os homens. Aí a diferença fica visível. Como temos mais mulheres do que homens, no Brasil, lógico está que o resultado seria desfavorável a elas. Aquela continha que aprendemos na escola primária: uma laranja dividida para 10 pessoas e outra laranja dividida para 5 pessoas, onde tem menos gente, come-se mais pedaços.
Pelo princípio de justiça, entendo que não se deve ganhar mais, ou menos, apenas pelo critério de gênero. Defendo que o mais capacitado deve ganhar mais do que o menos qualificado. É justo. Vemos isso no futebol e no basquete. O atleta que é melhor, ganha mais do que o que tem menos qualidade. E ninguém reclama porque sabe que o mais capacitado ajuda nas conquistas que beneficiam a todos.
Sei que serei execrado por me atrever a tocar em um tema tabu e que ninguém tem coragem de questionar. Podem atirar pedras os que estiverem puros. Podem me xingar os que estiverem sem pecado. Podem me cristianizar os que forem 100% retos e probos. Só não pode cercear o meu direito de questionar e exprimir o meu pensamento.