O fracasso do 11 de julho, dia em que as centrais sindicais conclamaram o povo para ir as ruas, mostra que todos sabemos muito bem quem é quem. As centrais estão emudecidas faz 11 anos e, agora, depois que o povo sem partido, mas com o coração partido, foi as ruas, as entidades sindicais surgem querendo pegar carona no movimento que luta por reformas no país. Como diria minha saudosa mãe, "Agora é tarde, Inês é morta".
As "lideranças" sindicais sucumbiram ao aparelhamento do Estado Brasileiro e estão, muito bem, obrigado, ocupando lugares estratégicos na máquina estatal, tripudiando da base que acreditou nelas e olhando apenas para o próprio umbigo. Se realmente estivessem contra o atual estado de coisas, todas, sem exceção, entregariam as cadeiras ocupadas e renunciariam aos poupudos contracheques, em nome do Brasil. O grito das ruas é um só: "Xô, aproveitadores!".