Depois de ser condenado por “difamação” ao juiz Gustavo de Souza Lima, pela Juíza Adriana Carla Feitosa Martins, o jornalista Ricardo Mota decidiu não recorrer da decisão e abandonar o jornalismo. “Dei-me por vencido”, escreveu no Blog que assina no portal TNH1.
O fato
Ricardo fez um comentário repudiando a atitude do Juiz ao pedir, através do Ofício GJ s/nº – 2012, “aumento da cota de combustível do veículo Voyage, placa NMF 2466”, que, à época do fato, era usado por militares que faziam a segurança dele. Isto foi entendido como ofensivo e difamatório pela magistrada.
Como admirador de Mota, reconhecedor de que ele representa o número um do jornalismo alagoano e um dos mais competentes do Brasil, só me resta lamentar e ter a certeza de que perdemos todos nós, porque somente Ricardo, tinha e tem, a altivez e a coragem de mergulhar nas entranhas da notícia e escancarar feridas dos mais variados setores da vida alagoana, expondo as cruas vísceras, principalmente do poder e dos “poderosos”, como ninguém.
Ricardo Mota, símbolo do jornalismo-investigativo |
Lamento e sei que pelo cidadão maravilhoso e competente que é - humanista por natureza – encontrará em outra atividade o mesmo sucesso que o fez um dos maiores nomes da mídia alagoana de todos os tempos e, lá no fundo, torço para que volte a nos presentear com belos comentários e a nos dar novas lições.
Permita-me falar diretamente com você, amigo Ricardo, com quem trabalhei em mais de um veículo de comunicação e aprendi a gostar e respeitar. Algumas pessoas me são caras por motivos outros, mas você, Ricardo Mota, e Márcio Canuto, são os dois exemplos na vida profissional que tento seguir, por saber que é um caminho de retidão. Que Deus o proteja, hoje e sempre, irmão!
O bom de tudo é que Mota reconsiderou a decisão, vai recorrer da sentença e continuará firme e forte, na trincheira de luta como ele mesmo diz: "A eles – e a vocês – comunico: vou recorrer da decisão e permanecerei na mesma trincheira do jornalismo alagoano, defendendo os pontos de vista nos quais acredito sem temer o porvir", escreveu o jornalista no Blog que assina.