Bola no Ar

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sábado, 11 de junho de 2016

Promiscuidade no jornalismo perdeu espaço

Os tempos modernos já não comportam mais algumas práticas antigas, que hoje são abominadas no jornalismo, tais como: trabalhar no rádio e exercer atividade que exige dedicação exclusiva; receber salário de ente governamental sem dar um único dia de serviço; receber salário de uma rádio e trabalhar em outra; se aposentar apresentando documentação de trabalho em Prefeitura que nunca trabalhou; ir lanchar depois de uma jornada-esportiva às custas de Presidente de time;  ser bancado por "empresário" de jogador para defender a escalação de atleta, escolher o jogador do pagador como melhor em campo e sempre defendê-lo quando faz uma má partida; sortear celular com os eleitores às vesperas de um pleito eleitoral; atacar, durante viagem de trabalho, o colega que dorme na cama ao lado; trocar uma candidatura por um cargo comissionado no Governo; desrespeitar a esposa de colega de trabalho; passar por cima da lei para se eleger; desviar recursos de entidade representativa de classe; levar dinheiro para cobrir despesas de viagem, não gastar tudo e trazer recibos falsos para ficar com a sobra; lavar o carro toda semana, sem pagar, em posto de propriedade de diretor de clube; receber aparelho de ar-condicionado que sobrou quando da implementação de hotel de pessoa ligada a clube de futebol; ser financiado pelo Governo Federal para transformar o blog em palanque para o governante temporariamente empoderado; receber ingresso para sortear e ficar com a metade; colocar a empregada de casa para receber salário através de uma secretaria municipal; mandar abraço para uma determinada torcida-organizada e no outro dia passar para receber pelo "serviço" prestado; fazer fisioterapia em dependência de um clube de futebol; entrar na folha de pagamento de uma entidade de prática desportiva; receber "bicho" quando o time que faz a cobertura diária, vence; aceitar pagamento mensal de gratificação do clube da cidade onde trabalha; receber passagem e hospedagem para curtir férias em locais paradisíacos; mandar abraço para donos de bares, restaurantes e bancas de revista e depois aparecer para comer de graça ou pegar, sem pagar, a publicação que gosta de ler; procurar o comandante do destacamento policial do local onde desempenha as atividades para pedir para abastecer o próprio carro por conta da PM; pedir dinheiro emprestado a empresários próximos; pedir casa de praia de dirigente para passar o final de semana com a família; comprar fiado e não pagar; ir pedir remédio nas farmácias alegando que o filho está necessitado e não tem dinheiro no momento para pagar; pedir dinheiro emprestado a colegas dizendo que o gás acabou e ir tomar cachaça em bares; fazer a chamada "curuca"; liderar campanha para ajudar  alguém necessitado e ficar com parte do dinheiro; manter relação comercial com "cartolas"; receber dinheiro de Presidente de clube depois de jogos para tomar uma gelada; receber prêmios para divulgar determinadas campanhas; apoiar a campanha de determinado político e depois ir pedir emprego para toda a família; participar de rega-bofes bancados por quem é notícia; receber, em comodato, carro para utilizar pelo período de um ano, de forma a vincular a marca ao famoso, na expectativa de aumentar as vendas etc. 


O jornalismo há que ser sério e investigativo


Estas e muitas outras são práticas detestávies, que denigrem a imagem de quem faz a informação e são facilmente detectadas pela audiência, além de manchar a imagem de quem aceita tais mimos. Felizes dos que não se deixam passar pela porta-larga. Não devem ser idolatrados, pois ao se esquivarem dos "privilégios", nada mais fazem que cumprir à risca a ética profissional. Felizmente estes fatos estão cada dia mais raros. O competitivo mercado da comunicação tem penalizado comunicadores que se comportam de forma antiética com o ostracismo. Que assim seja!