Um desabafo do técnico Jaelson Marcelino, após o empate do Asa por zero gol, no jogo com o Salgueiro, nesse domingo, 05, em Arapiraca, foi a gota d'água para que o treinador deixasse o clube. Marcelino reclamou da falta de condições de trabalho e chegou a afirmar que o dono do restaurante onde os atletas realizam as refeições diárias havia avisado, quando da última ceia, que aquela era a "derradeira alimentação". Também o pessoal do hotel onde residia informou que não havia mais como permanecer no local. Tudo, segundo ele, por falta de pagamento.
Jaelson soltou o verbo e Presidente achou ruim |
Logo após as declarações de Jaelson o Presidente Hellycarlos Albuquerque mostrou-se decepcionado com o desabafo e afirmou que o assunto era para "ser conversado internamente", repreendendo publicamente a atitude do treinador. O clima pesou e Jaelson Marcelino foi embora de Arapiraca, ontem mesmo. Agora resta saber se um novo treinador será contratado ou se o auxiliar Moisés Lima será guindado para o posto que era ocupado por Jaelson. Outra pergunta que fica no ar é: "Os jogadores que vieram do Coruripe, trazidos pelo ex-treinador, irão ficar no Asa ou também desertarão?".
Confesso que fiquei assustado com as declarações do Presidente do Asa, quando falou dos valores devidos pela Agremiação e convocou a todos a "chorar e sofrer" com ele. Não é assim. Se alguém tem que chorar e sofrer é a torcida. Os profissionais quando são contratados fazem jus a tratamento digno, afinal o Asa é uma empresa e como tal tem obrigação de oferecer o melhor a quem contrata. Ninguém vai trabalhar em lugar nenhum para "sofrer". As pessoas mudam de emprego sempre para melhorar, para serem felizes. Entendo que a expressão foi usada em um momento de cabeça-quente do dirigente, que exerce uma profissão fora do Asa e seguramente não quer trabalhar em nenhum espaço em que fique exposto a qualquer tipo de sofrimento e/ou lágrimas.
A verdade é que o Asa não tem tempo a perder. Está no início de uma competição importante, já tem jogo no próximo domingo, 12, contra o Ríver, em Arapiraca, e precisa estar com tudo equacionado até lá. Será!