A Consolidação das Leis do Trabalho é uma conquista sagrada dos trabalhadores brasileiros. Surgiu em 1943 para proteger a parte mais fraca na relação capital x trabalho, mas precisa ser refinada. Em alguns casos, o que era uma conquista para o operário, hoje passou a ser um castigo. A oportunidade de melhoria precisa ser enxergada e o texto ajustado à realidade dos dias atuais.
Está na hora de revisar a CLT |
Vamos a um caso simples. A CLT fixa em uma hora o tempo mínimo para almoço. Talvez porque lá no século passado os trabalhadores não tivessem direito a parar para se alimentar. Hoje a conversa mudou e a velocidade da vida já não permite um tempo tão longo para se comer. Por que então obrigar o funcionário que não quer gastar uma hora com almoço a ficar parado, proibido de trabalhar, apenas para atender a algo que funcionava bem 73 anos atrás e não mais é importante! Aquele que prefere usar apenas 15 minutos no almoço e sair 45 mais cedo, é obrigado a ficar marcando passo na empresa, gastando energia elétrica, água e o precioso tempo, apenas porque o legislador do passado disse que assim teria que ser. O período parado poderia ser utilizado no final do expediente para praticar esportes, reduzindo taxas de glicose, colesterol e outras, aumentando o bem-estar, eliminando doenças e beneficiando a empresa com uma mão de obra mais sadia, reduzindo absenteísmo, estressse e outros males.
É hora de repensarmos seriamente esta questão e mudarmos a fria letra da lei. O benefício será para todos. Ah! E quem quiser gastar duas horas para almoçar, como fica? Livre negociação. As partes entrarão em um acordo. Quem quiser mais tempo para almoçar, usa. Quem quiser menos, vai cuidar de melhorar a saúde. Tudo não passa de uma questão de bom senso.