Ao reportar a notícia de uma explosão em uma agência bancária, o repórter da TV, ao explicar que dentro do banco não restaram marcas das bombas, soltou: "Dentro da agência não tinham marcas...". Queimou o texto ao desconhecer que os verbos ter e haver, no sentido de existir, são impessoais, ou seja, não têm sujeito, logo, pela regra, aparecem sempre na terceira do singular. Deve-se dizer: "Não tinha marcas", mas o melhor mesmo, para um texto mais gabaritado, é usar "Não havia marcas".
A gafe passa despercebida pela maior parte da população que também faz erroneamente a flexão do ter no sentido de existir e ocorrer, mas para quem está com a missão de informar, ainda é fundamental falar correto. Nunca é demais ganhar tempo lendo bons livros e revisando os assuntos do ensino médio.