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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Temer e a seca

A presença do Presidente Michel Temer, em Maceió, para liberar recursos para amenizar os efeitos da seca, levanta o assunto e nos faz pensar no que fazer para reduzir a falta de água. Existem algumas técnicas já empregadas com sucesso, mas que demandam tempo, trabalho e dinheiro para serem implementadas.


A seca está de rachar


Zephania Maseko, do Zimbabwe,  recuperou 3 hectares de uma terra árida, tornando-os recordistas em produção de alimentos, frutas e criação de gado, depois de construir muros de pedras e depressões, servindo de valas de infiltração e covas de fruição para as águas. O sistema foi capaz de reduzir a velocidade das águas pluviais, permitindo que elas se infiltrassem no solo e, até mesmo, formassem reservatórios. Aos poucos, o cuidado facilitou o crescimento e a sobrevivência das plantas em sua propriedade. Com mais plantas e mais umidade, os reservatórios passaram a enfrentar melhor o tempo de estiagem. 

Outro  método é a semeadura de nuvens que estimula a precipitação em áreas carentes de chuva. De Abu Dhabi vem a prática de enviar partículas eletricamente carregadas para o ar, que atraem poeira que, por sua vez, atraem partículas de água e  faz-se a chuva.

Tem ainda o sequestro de carbono (processo de remoção de gás carbônico onde os organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera). Poderia, por exemplo, ser implantado no São Francisco.

Volto ao que já foi dito, aqui. Pode-se fazer, mas dá trabalho. Mais que o dinheiro a ser investido e o tempo demandado, dá trabalho. Diante disso só resta a pergunta: quem vai fazer?