A presença do Presidente Michel Temer, em Maceió, para liberar recursos para amenizar os efeitos da seca, levanta o assunto e nos faz pensar no que fazer para reduzir a falta de água. Existem algumas técnicas já empregadas com sucesso, mas que demandam tempo, trabalho e dinheiro para serem implementadas.
A seca está de rachar |
Zephania Maseko, do Zimbabwe, recuperou 3 hectares de uma terra árida, tornando-os recordistas em produção de alimentos, frutas e criação de gado, depois de construir muros de pedras e depressões, servindo de valas de infiltração e covas de fruição para as águas. O sistema foi capaz de reduzir a velocidade das águas pluviais, permitindo que
elas se infiltrassem no solo e, até mesmo, formassem reservatórios. Aos poucos, o cuidado facilitou o crescimento e a sobrevivência das
plantas em sua propriedade. Com mais plantas e mais umidade, os
reservatórios passaram a enfrentar melhor o tempo de estiagem.
Outro método é a semeadura de nuvens que estimula a precipitação em áreas carentes de chuva. De Abu Dhabi vem a prática de enviar partículas eletricamente carregadas para o ar, que atraem poeira
que, por sua vez, atraem partículas de água e faz-se a chuva.
Tem ainda o sequestro de carbono (processo de remoção de gás carbônico onde os
organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera). Poderia, por exemplo, ser implantado no São Francisco.
Volto ao que já foi dito, aqui. Pode-se fazer, mas dá trabalho. Mais que o dinheiro a ser investido e o tempo demandado, dá trabalho. Diante disso só resta a pergunta: quem vai fazer?