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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Lincoln e os comentaristas esportivos

Como o torcedor é 100% paixão e nunca enxerga os fatos com os olhos da razão, vendo-os sempre sob a lente do coração, existe um caminho curto e rápido para um comentarista esportivo cair nas graças da galera. Basta se transformar em analista de resultado, para quem tudo está ótimo nas vitórias e péssimo nas derrotas. Vai estar em constante cárdio-sintonia com os fans.

Discordo deste tipo de profissional a quem chamo de fazedor de média, capaz de elevar um medíocre a craque e usar de uma alquimia diabólica para varrer um ás para o lado esquerdo de satanás. O verdadeiro analista, sempre imparcial, enxerga virtudes nas derrotas e defeitos nas vitórias. Desta forma consegue ajudar a construir com palavras, um futuro melhor para todos os interessados no crescimento do esporte.


João Saldanha, exemplo de profissional que não fazia média nem com o Presidente da República

Infelizmente a crônica brasileira - por interesses escusos - esta povoada por comentaristas de resultado, com ascenção rápida e queda vertiginosa. Imediatistas, esquecem o imortal Abraham Lincoln e a célebre: "Você pode enganar muita gente por pouco tempo; pode enganar pouca gente por muito tempo; mas, jamais, enganará muita gente por muito tempo.".