Talvez eu e o companheiro Ronaldo da Paz sejamos os dois únicos integrantes da mídia alagoana que viram um CSA diferente, na vitória por três a zero contra o Comercial. A equipe já teve uma cara mais próxima do time que era liderado por Oliveira Canindé. Basta ver o posicionamento da defesa, do volante Lucas, do lateral-direito Pedro Silva, bem como de Jefferson Maranhense. Não foi à toa que Pedro Silva fez um gol e deu outro para Maranhense, e que foi o próprio Jefferson que sofreu o pênalti convertido por Daniel Costa no segundo gol da equipe. Isto sem falar que Lucas ainda perdeu uma chance clara de marcar, na pequena área adversária, quase ao final da partida.
Daniel Costa e Lucas, dois nomes de expressão do CSA (Foto:A.Cruz/GA) |
O time voltou a apresentar um bom toque de bola, jogando sem afobação, o que para alguns representa desinteresse, falta de compromisso, preguiça etc. Vejo diferente, apesar de reconhecer que sob o comando de Canindé o time corria mais. O toque - considerado excessivo por parte da torcida - é o que determina o domínio do jogo, mina o adversário e propicia a criação de chances de gol. O CSA dominou a partida e fez os gols quando achou que deveria fazê-los. No mais poupou energia para a sequência do campeonato.
O que considero merecedor de destaque foi a humildade do treinador Estevam Soares, ao aceitar o esquema já implantado pelo técnico anterior, depois que alguns jogadores demonstraram insatisfação com a mudança na forma de jogar e conversaram com o comandante técnico. Foi uma atitude de líder, que respeitou a vontade dos liderados, em nome do bem comum.