Só era mesmo o que faltava. Jogadores do CSE, da pacata Palmeira dos Índios, depois de tomarem uma goleada de sete a um do CSA, no último sábado, em Maceió, foram para a balada. Depois de um gigantesco bacanal na Terra Xucuru, passaram a ameaçar tocar fogo no carro e no estabelecimento comercial do empresário João Paulo, que é dono de uma lan house na cidade do interior de Alagoas, pelo fato de o cidadão ter denunciado a festa carnal. Uma mulher que participou do orgástico momento, também foi ameaçada e já fugiu para Maceió.
Acho que eles têm todo direito de fazer o que quiserem, quando das folgas, desde que o extracampo não atrapalhe o rendimento dentro do gramado e, também, não perturbe o sossego das outras pessoas. Qualquer coisa em contrário, é caso de polícia. Também penso que a derrota para o CSA não foi causada por folias exageradas, mas pelo fato de o time da Capital ser infinitamente superior ao CSE. Isto não quer dizer, porém, que os boêmios possam, agora, virar "lampiões" pós-modernos. Acho que muitos não devem ser alagoanos, pois se o fossem saberiam do perigo que representa ameaçar alguém em uma terra que se mata por míseros cinco reais. Avisem a eles que, em 1994, o meia Cássio, aos 25 anos de idade, que jogava no CSE, foi assassinado em Alagoas com três tiros. Um em cada joelho e mais um no pescoço.
É bom serenar os ânimos para que algo mais sério não aconteça |
Já foram demitidos seis atletas: o lateral-direito Tiago Maciel, os volantes Ives e Marquinhos os meias Henrique e Kadu, além do lateral-esquerdo Vladimir. Vale destacar que Henrique não participou da orgia.
É uma pena que entre tantas mazelas que o futebol alagoano vem apresentando na temporada 2014, agora surja mais esta. E o que é pior: levando a violência da arquibancada para o meio da rua. O que mais ainda irá acontecer antes do final do campeonato?