Li quando ainda era adolescente, mas pela atualidade do título, não posso deixar de recomendar o espetacular Futebol, Paixão e Catimba, publicado em 1973, de autoria de Osório Villas Bôas, considerado o presidente mais popular de toda a história do Bahia, tendo a popularidade o feito galgar grandes postos na vida política baiana.
No livro confissões de inúmeras malandragens para levar vantagem no futebol |
Entre vários episódios interessantes, como tabela de Brasileiro sendo feita na frente dele, dando direito ao Bahia de escolher as datas e os adversários, reuniões de arbitral na Federação Baiana onde ele e outros dirigentes tinham as mãos amarradas antes do início para evitar brigas, o ex-dirigente conta a história de um mata-mata contra o Sport, em 1959, pela Taça Brasil, em uma melhor de três jogos. No primeiro confronto, em Salvador, o Bahia
venceu por 3x2. No segundo, na Ilha do Retiro, perdeu por 6x0. A decisiva partida foi no Recife e o Bahia venceu por dois a zero. Osório confessa no livro que, na véspera do
jogo, pagou várias rodadas de cerveja para os jogadores do
Sport. O adversário entrou em campo cambaleando e deu no que deu.
Curioso é que muitos dos episódios que eram utilizados no submundo do futebol, em meados do século passado, ainda continuam acontecendo nos dias atuais. Não foi à toa que o Brasil perdeu para a Alemanha por sete a um.