Mesmo com toda a experiência que possui é bom o jogador Didira ter em mente o desafio que terá pela frente ao vestir a camisa do CSA. Vai enfrentar uma torcida que atua junto com o clube e exige do atleta performance de alto rendimento em todos os jogos. Não vai adiantar fazer uma partida excepcional e ficar três sem se apresentar em alto nível. A cobrança será muito grande, diferentemente do que acontecia no Asa, onde o atleta era praticamente tratado como um filho da Agremiação e o torcedor "tolerava" partidas disputadas com menos intensidade.
Didira já navega nas águas do novo clube (Foto:GE) |
Asa e CSA são duas grandes corporações de Alagoas, não resta dúvida, mas não é a mesma coisa jogar em um e no outro. A diferença está nas arquibancadas. Para se ter uma ideia, o público médio pagante, este ano, no Coaracy da Mata, durante a Série C, foi de 2.466 torcedores, resultado afetado pelo decisivo Asa x Tupi, em 19 de outubro passado, que teve 7.161 pagantes. Se retirarmos a exceção, chegaremos a uma presença média de apenas 1.944 torcedores pagantes, o que, convenhamos, é muito pouco para uma cidade do porte de Arapiraca.
No CSA vai jogar para estádios com a capacidade praticamente tomada, com torcedores ávidos por vitórias e uma cobrança incessante. Já vi bons jogadores que atuavam no interior de São Paulo, que sucumbiram quando colocaram o manto azul e se depararam com uma arena pulsando. Sei que não será o caso de Didira. Acredito estar ele preparado para o desafio que assumiu, mas é sempre bom ficar ligado.