A agressão ao árbitro da Federação Alagoana de Futebol, Júlio César Farias e os assistentes e auxiliar, respectivamente, Ana Paula, Francisco Freitas e Márcio Oliveira, acontecida depois do jogo Coruripe 1x0 Santa Cruz, válido pela semifinal do Campeonato Alagoano sub-20, no último sábado, 19, é estarrecedora. Deve ser apurada coma rigor e os envolvidos - jogadores e comissão-técnica do Coruripe - punidos severamente, quem sabe com o banimento das praças esportivas. Isto é fato e ninguém compactua com esta barbárie.
Árbitro mostra braço machucado após a agressão (Foto: JCF) |
Outra coisa é o Senhor Júlio César Farias querer colocar a culpa na Faf e na Comissão de Arbitragem, alegando que foi "obrigado" a iniciar o jogo sem a presença do policiamento. Como árbitro da CBF ele sabe - se não sabe deveria saber - que é ele a única autoridade para dizer se um jogo vai ou não começar. A Constituição Federal é clara quando afirma que "Ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", portanto, ao dar o jogo sem a presença da PM o árbitro assumiu o risco e não pode repassar para ninguém a responsabilidade, mesmo que a ordem tenha sido dada por superior hierárquico.
Vaso quebrado no vestiário dos árbitros no Gerson Amaral (Foto: JCF) |
Em tempo. Os vândalos justificam a baderna por conta da expulsão de jogadores do Coruripe, fato que teria contribuído para a eliminação do representante do Litoral Sul do Sub-20. A vitória por um a zero deu a classificação ao Santa Cruz por ter vencido o jogo de ida por dois a zero.
Somos solidários aos agredidos, repudiamos os atos hostis, rogamos punição pesada para os baderneiros, mas não excluímos a responsabilidade do juiz, Júlio César, por ter iniciado o jogo. Como diria aquele velho intelectual de botequim: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.".