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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Por que o gramado do Rei Pelé está ruim?

Que o gramado do Estádio Rei Pelé está ruim, é fato. Que lá foram gastos muitos reais para torná-lo padrão-Fifa, é fato. Que deveríamos ter mais cuidado com a conservação do palco onde CSA e CRB disputam a Série B, é fato. Que a atual administração da Selaj negligencia a conservação da área verde, é fato. É fato, é fato, é fato.

A constatação veio à tona depois que os treinadores de CSA e Boa Esporte, Marcelo Cabo e Daniel Paulista, respectivamente, reclamaram das condições do piso de jogo do Trapichão, após a vitória por um a zero do CSA em cima do Boa, na semana passada. 


Cabo anda preocupado com o gramado do Trapichão


“Fiquei triste com as condições de abandono que se encontra o gramado do estádio alagoano, onde atuei como técnico várias vezes pelo Sport, que era unanimidade dos jogadores ao comentarem que Alagoas tinha um gramado melhor do que do estádio dos Aflitos (Náutico), Arruda (Santa Cruz) e Ilha do Retiro (Sport)”. Assim se expressou o treinador do Boa. Já Marcelo Cabo (CSA) se mostrou decepcionado com o "estado lastimável" do gramado. 

E o que estaria acontecendo para que tal fato seja constatado por todos que frequentam o Estádio? A resposta é simples: o uso indevido para que peladas sejam disputadas na principal praça esportiva de Alagoas. 

Uma iniciativa brilhante da Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude - por má gestão -  contribuiu para o sucateamento do espaço reservado para os profissionais da bola desempenharem seu trabalho. A Taça das Grotas foi disputada no estádio estadual. Um erro, ao afastar-se das comunidades e levar as partidas para o Trapichão, visto que o evento que teve por finalidade, segundo a Secretária, Cláudia Petuba (PC do B), propiciar "integração e inclusão social".

Reforçamos que a Taça das Grotas é uma iniciativa que merece aplausos, mas a operacionalização,  deixou muito a desejar. No Rio tivemos algo semelhante. A Taça das Favelas, só que com as partidas sendo realizadas nas comunidades, levando lazer para locais afetados pela criminalidade e, mesmo assim,  o jogo final, foi em Bangu, não no Maracanã, que até caberia como prêmio aos dois melhores times da competição. Em Alagoas procurou-se fazer o que dava menos trabalho e gerou-se um problema que extrapolou as divisas do Estado. Creditamos o fato à neófita Petuba, que ainda está aprendendo a trabalhar, usando para tal o patrimônio do povo de Alagoas. Defendemos mudança no comando da Selaj. Acorda, Governador Renan Filho!