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sábado, 8 de agosto de 2015

Futebol é simples, mas tem muita gente complicando

Desde que o futebol foi criado que o espaço de jogo é dividido em três setores: defesa, meio-campo e ataque. Não há como fugir do parâmetro, a não ser que se desenhe um novo modelo para o gramado. Por conta disso, e somente por isso, é que quando falamos na forma tática de uma equipe só cabem três números. O 4-4-2, por exemplo, indica que a equipe joga com quatro atletas na defesa, outros quatro no meio-campo e dois atacantes. O 4-3-3 sinaliza que o treinador formou o time com quatro defensores, três atletas pelo setor de meio e mais três na peça ofensiva e assim por diante. Não dá mais para inventar a roda, apesar de muitos tentarem.


Observe que no chamado "4-1-4-1" temos 5 atletas no meio-campo


Chamo o tema porque nos últimos tempos virou chique dizer que um time joga no 4-1-4-1. Afirmar tal coisa é dividir o campo de jogo em quatro setores e ele, repito, somente possui três. Entendo muito bem o que se quer dizer com a fórmula, mas ela nada mais é do que um time escalado com quatro defensores, cinco meio-campistas e um atacante. Na hora de explicar a disposição o que temos de fazer é dizer que  time tal distribui os cinco jogadores do meio com um líbero à frente da zaga e quatro mais adiantados, podendo ser estes, a depender do desejo do técnico, dois volantes e dois meias ou outra combinação que o treinador julgue mais adequada.

Grandes treinadores, como Tite, se orgulha em dizer que o Corinthians joga com quatro linhas. Onde elas estão? Desde quando um líbero ou um atacante isolado na frente cria uma linha? A geometria ensina que uma linha é formada por uma infinidade de pontos. Como um jogador isolado em um espaço do campo pode ser considerado linha! Sou a favor da criatividade, do novo, do ser inventivo, mas levantar uma maluquice dessa e depois vermos uma legião de seguidores repetindo a "façanha", é demais para a minha massa-cinzenta. Vamos pensar, pessoal!

Em tempo. Aguardem BOMBA!