A ideia do novo titular da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió (FMAC) Vinicius Palmeira é de que na atual gestão os chamados "artistas de fora" estarão em segundo plano quando da realização de eventos bancados pela Prefeitura. “A valorização dos artistas locais é uma questão de princípio, e adotaremos esta prática daqui para frente”, disse ao portal Cada Minuto, referindo-se ao fato de os artistas alagoanos reclamarem das três últimas gestões por terem contratado talentos nascidos em outros estados, que não Alagoas.
Palmeira chega apostando na divisão entre alagoanos e não alagoanos
Acho isto uma grande baboseira. O artista deve ser contratado pela qualidade do trabalho que apresenta e não pela naturalidade. Na prática, a proposta de Palmeira é a criação de uma cota cultural, que apenas servirá para acirrar a abominável xenofobia. Será que os alagoanos ficariam satisfeitos se tal medida fosse adotada em outras cidades, os impedindo de mostrar a arte que possuem em outros locais! Já imaginou o alagoano Djavan sendo impedido de se apresentar em Recife apenas porque não nasceu em Pernambuco! Tudo que separa, divide, impede, censura etc deve ser evitado, sob pena de termos um mundo loteado em tribos fechadas em si mesmas.
Sou o último sonhador e acredito na utopia de John Lenon.
Imagine que não exista nenhum país,
Nenhuma religião também.
Imagine nenhuma propriedade,Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.Eu espero que algum dia você junte-se a nós,
E o mundo viverá como um único.