É importante que o brasileiro continue nas ruas mobilizado,
obrigando os políticos a atender aos clamores populares, mas o movimento tem
que ser inteligente e não acompanhar as ações dos vândalos infiltrados, nem
tampouco se deixar usar por quem quer que seja. É por isso que, na condição
intransigente de apoiador da luta, sou contra a Greve Geral marcada
pelas Centrais Sindicais. Explico: estas “representações” dos
trabalhadores estavam caladas até a bolha de revolta explodir. Nos primeiros
momentos, como que não acreditando que o movimento das ruas seria algo durador
e consistente, permaneceram em silêncio absoluto. Depois de perceber que
estamos diante de um fato que não tem mais retorno, surgem querendo pegar
carona nas ações populares.
Povo precisa ficar atento aos oportunistas |
Muito melhor seria se os sindicalistas que fazem parte do
aparelhamento do Estado promovido pelo PT, renunciassem aos pomposos cargos que
ocupam nos diversos escalões do Governo Federal, como forma de protestar e
dizer que não concordam com o atual estado de coisas. Como ninguém vai “largar
o osso”, sugiro que o 11 de julho seja o dia mais calmo deste ano, com todos em casa, no trabalho, na
escola, tudo sem alteração, como dizem os militares.
A resposta tem que vir na mesma linha de quando o ex-Presidente
Collor pediu ao povo para ir às ruas de verde e amarelo e provocou a onda do
preto. Que os protestos ordeiros continuem, exceto no dia 11!