Deixando a emoção momentânea, o ufanismo e o patriotismo de lado, bem como pensando no longo-prazo, seria muito bom para o futebol mundial se a Espanha vencesse a Copa das Confederações e a mesma Espanha, ou a Alemanha, conquistasse o Mundial do ano que vem. Teríamos a coroação do futebol bem jogado, porque se a conquista não vier, não faltarão os arautos do jogo-bruto para apregoarem em alto e bom som o famoso "Tá vendo. De que adianta jogar bonito e não ganhar?".
Espanha: de 2008 p'ra cá vem ganhando tudo |
A Espanha está dando aula de como atuar. Com apenas dois zagueiros fixos e um atacante de referência, consegue se defender com 9 jogadores e atacar com 8, realizando na prática a verdadeira sinergia da bola (soma das partes maior que o todo), ou seja: 9+8=17, quando todos sabemos que uma equipe de futebol é escalada apenas com 11 jogadores.
Por isso que a consolidação da tática com o resultado será importante para banir os covardes retranqueiros e abrir mercado para os que verdadeiramente exercitam a finalidade do esporte-rei: marcar gols e vencer dando espetáculo para a platéia. Se o importante for apenas ganhar, não seria preciso montar-se todo o circo em torno de uma partida de futebol. Bastaria apenas colocar um representante de cada clube em uma sala, jogar uma moeda para o alto e proclamar-se o vencedor. Esporte é outra coisa, gente.