Parece brincadeira, mas a Rádio Globo (SP) está com dificuldade para achar um
ex-jogador que se expresse bem e esteja interessado em ocupar a vaga deixada pelo, também ex-jogador, Zé Elias, que se mudou para a ESPN Brasil. Pergunto: Por que a posição tem que ser preenchida por um ex-boleiro? Será que na mídia brasileira não existe um jornalista/radialista capacitado para ocupar o espaço?
Tostão exibe na comunicação a mesma elegância dos gramados |
É por isso que a grande mídia está repleta de um "bando" de ex dizendo coisas do tipo: "A gente fomos informados; se sobressaiu sobre os demais" e outras do gênero. Nada contra os que desfilaram elegância nos gramados. Muito pelo contrário. Todos são bem-vindos, mas é preciso ter formação profissional, conhecimento tático do jogo, dominar a comunicação e a língua-pátria, além de ter coragem de opinar em assuntos mais agudos, que envolvam os chamados "figurões". O simples fato de ter jogado bola não garante a ninguém o domínio do microfone e das câmeras. Nem todos têm o gabarito e a independência de um Tostão, por exemplo, sempre em cotação alta no mercado da comunicação-esportiva.