Já foram tantas as versões para a anunciada saída da apresentadora Patrícia Poeta da bancada do Jornal Nacional, que não irei relembrá-las. Uma, entretanto, chamou a minha atenção. A que dá conta que a gaúcha caiu da cadeira por não ter ido bem nas entrevistas com as presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).
Poeta vacilou diante da fortaleza de Marina Silva |
Segundo consta nos arquivos, a atuação de Poeta desagradou a João Roberto Marinho, herdeiro de Roberto Marinho e responsável pelo jornalismo global. Na entrevista
com Dilma, Poeta precisou ser socorrida por William Bonner, além de ter feito apenas duas
intervenções, contra 11 do companheiro de bancada. A jornalista só falou após 7 minutos e 13 segundos de entrevista,
quase na metade do tempo total. Já com Marina Silva o desempenho de Patricia foi pior ainda. Deixou de ser clara em muitas questões e acabou tendo que amargar um "Talvez
você não conheça bem a minha trajetória", frase vinda de Marina.
Sou do tempo em que para ancorar um noticioso o jornalista precisava ter ralado muito, passado pela redação, feito reportagens de rua, entradas ao vivo, para, então, assumir uma posição mais destacada. Infelizmente hoje em dia pessoas recém-saídas dos bancos escolares, sem qualquer experiência e conhecimento de causa, são presenteadas com a apresentação de telejornais e desandam a fazer bobagens, passando um recibo de despreparo, que compromete todo o telejornalismo. Já é hora de rever estes conceitos. Nem sempre um rostinho bonito é o ideal. Capacidade, vocação, segurança e conhecimento de causa ainda são fundamentais. É o que penso.