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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Asa segue na fila

O torcedor está chateado porque desejava ver o Asa de volta a Série B do Brasileiro, no ano que vem, e o sonho fica adiado por mais 365 dias. Esbarrou no Tupi que no placar agregado venceu as duas partidas da Segunda Fase da Série C por quatro a um. Mas, diante das condições enfrentadas durante toda a campanha deste ano, precisamos entender que ter chegado às quartas de final foi uma façanha que merece ser reconhecida por todos.


Primeiro gol do Tupi marcado por Kaio Wilker na vitória por dois a um, no jogo de volta, em Arapiraca (Foto: Ailton Cruz/GA)


Tudo começa com o isolamento do Presidente Bruno Euclides, que assumiu o clube em um momento em que ninguém queria administrar a Agremiação e foi abandonado pelos cardeais do Alvinegro. O fato gerou um sério problema econômico-financeiro que se arrasta até o presente e não se sabe ainda como resolvê-lo, tendo desencadeado descontentamento no plantel, que chegou a reclamar publicamente dos atrasos nos pagamentos, sem falar  em jogador que, nos bastidores, comentava  a falta de interesse em permanecer defendendo a equipe.  A ausência de público nos jogos em casa também contribuiu, pois fez com que a receita de bilheteria não existisse. Some-se a tudo isso o fato de o time ter atravessado toda a competição sem que o técnico Vica tivesse atacantes de ofício à disposição dele, sendo obrigado a ajustar a esquadra com o que dispunha. O avançado Everton terminou a C sem dizer a que veio a Arapiraca e Luiz Paulo passou a maior parte do tempo no Departamento Médico. Ainda poderíamos listar uma série interminável de fatores, como até dificuldade com local para treinamento, porém prefiro ficar por aqui.

Não estou querendo colocar panos-quentes na situação, mas diante do exposto acima, não há motivos para lamentações. Entendo que o Asa foi mais longe do que se esperaria dele, portanto, é hora de muita calma, cabeça-fria, resolver as pendências e iniciar o planejamento para 16. Caso contrário, aí sim, o representante de Arapiraca corre o sério risco de ser um fiasco já no Alagoano próximo.