Era o ano de 1999. Trabalhava na CBN Maceió quando recebi um documento assinado pelos jornalistas Rodrigo Mineiro, então Diretor de Rede; Heródoto Barbeiro, Diretor Nacional de Jornalismo e Marcos Gomes, Gerente Adjunto de Afiliadas. O papiro condenava editorial na abertura de atrações jornalísticas e dizia que "Um texto editorial não interessa aos ouvintes do rádio moderno". Mais adiante o memorando era enfático: "Torna-se obrigatório na abertura dos programas locais um giro de notícias".
Jornalistas experientes assinaram o documento enviado em 1999 |
Pois bem. Passados 14 anos ainda nos deparamos com aberturas de programas enfadonhas, onde o apresentador fala, fala, fala e fala, sem que se escute uma segunda ou terceira voz. Chega-se a "desperdiçar" quase meia-hora em uma abertura, cansando o ouvinte e indo na contramão do rádio dinâmico. Em alguns casos o âncora antecipa o assunto que vai ser abordado por um dos integrantes da equipe, demostrando desentrosamento.
É chegada a hora de inovar e buscar aprendizado com quem conhece do assunto. Que o recado dos três "mostros sagrados" do jornalismo brasileiro seja ouvido por todos!