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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Ofendo e não percebo


O fato a ser relatado neste post se verificou no interior do Piauí. Não vamos citar o nome do envolvido por mera questão de ética profissional. Dito isso, vamos aos fatos.

Um integrante da crônica-esportiva foi demitido da empresa em que trabalhava juntamente com outros profissionais. Passado algum tempo, um egresso na mídia foi convidado para trabalhar em datas pontuais. Recusou o convite por discordar do cachê. Foi então que um outro mais veterano foi chamado e aceitou trabalhar por uma “onça”, R$ 50, cada vez que usasse o microfone da entidade de comunicação. O aceite foi encarado como aviltamento da profissão, visto que é menos do que recebe um servente de pedreiro, uma faxineira, um capinador etc, com todo respeito às pessoas que desenvolvem as profissões citadas. 

Foi o suficiente para que os trabalhadores com carteira assinada e os que estão fora do mercado ficassem revoltados. Ninguém conseguiu entender como uma pessoa trabalha para acabar com a própria profissão. Os mais maldosos chegaram a afirmar que o “profissional” em tela estava querendo apenas um microfone na mão para “furar” o mercado da progressiva cidade onde vive.

Como se não bastasse o reboliço, o personagem desta narrativa tem o hábito de gerar intriga entre os pares, implodir os departamentos por onde passa, visto que elege inimigos imaginários e passa a trabalhar para eliminar os que considera potenciais “ladrões” de posto de trabalho. 


Delírio persecutório, um dos males do Século XXI


O comportamento pode ser classificado como “delírio persecutório”, que só tratamento psiquiátrico pode resolver. O problema é mais grave porque o doente não se reconhece delirante. Enquanto não trata o mal, trata de “puxar o tapete” dos outros. Ficamos na torcida para que o rapaz se reconheça doente e busque tratamento urgente. Enquanto isso não ocorre vai ficando isolado e tendo portas fechadas por onde passa.