A Primeira-Comissão do Tribunal de Justiça da Federação Alagoana de Futebol absolveu o União Palmeirense por ter inscrito para o Alagoano da Segunda Divisão alguns falsos jogadores, que na realidade eram dirigentes conhecidos do futebol alagoano. A farsa foi armada para que o time de União dos Palmares, abrigado em Palmeira dos Índios, pudesse ter número legal de atletas regularizados para a primeira rodada da competição.
Julgamento liberou geral (Foto:NM) |
Foram inscritos: o superintendente da FAF Roque Júnior, 42 anos; Lourinaldo
Melo, supervisor do Aliança, 59 anos; Formigão, profissional ligado ao Murici, 56 anos; além de Roberto Doido, 51 anos.
Roque Jr: dirigente-atleta |
A tese da absolvição foi de que os prazos não foram respeitados pelos reclamantes, o que, em Direito, é conhecido como filigrana-jurídica (não há como negar a acusação e busca-se outro caminho para evitar a condenação). O que soa estranho é que a Federação foi condenada a pagar multa de R$ 10 mil. Pergunto: se o prazo foi perdido, porque não se levou em consideração a extemporaneidade no caso da FAF? Teriam sido dois pesos e duas medidas!
Seja lá como for, a decisão - mesmo com base jurídica - passa ao largo da ética e é um péssimo exemplo. Se o futebol fosse levado a sério, Roque Júnior já teria sido demitido, faz tempo. A Casa do Futebol tem que ser igual a mulher de César. Além de ser honesta, precisa, também parecer honesta. No caso em tela o que tivemos foi uma afronta à lei e aos bons costumes. Ah! E todos os encargos sociais decorrentes da assinatura de contrato com estes fakes, foram recolhidos ou também foram sonegados? Com a resposta o União Palmeirense.