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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Momento "jabá"

O Bahia vai divulgar  uma lista de cronistas esportivos que foram pagos por administrações anteriores do clube, o famoso "jabá". Sidônio Palmeira, assessor especial da presidência, disse em entrevista na Rádio Metrópole/SSA, que "A prática acabou e que isso tem motivado muitas críticas de quem antes só fazia elogios". 


Bahia vai nominar "jabazeiros" baianos


O assunto foi matéria da Revista Placar, no passado, informando que Bahia e Vitória ajudavam a custear viagens, diárias de hotéis e refeições das rádios Sociedade, Excelsior, Cristal, Itapoan e 104. Leia, abaixo, extrato da nota publicada pela edição 1272, da Placar, em julho de 2004.

Da mesma forma que os técnicos costumam esconder as escalações em jogos decisivos, as cinco emissoras de rádio de Salvador que transmitem futebol (Sociedade, Excelsior e Cristal, na faixa de AM, e Itapoan e 104, em FM) não revelam para os ouvintes uma prática que coloca em cheque sua independência jornalística: todas as emissoras têm parte dos seus custos (passagens, diárias de hotéis e refeições) bancados pelo Vitória e pelo Bahia, os dois maiores clubes do Estado.

Os jogadores também reclamavam da perda de privacidade, quando os radialistas ficavam hospedados no mesmo hotel do clube. “Eles pareciam que faziam parte da delegação: viajavam no mesmo vôo e comiam na mesma área reservada para o clube”, diz o mesmo jogador. “Joguei em quatro Estados e nunca vi nada parecido. Existe uma dependência muito grande das emissoras, parece que os dirigentes querem comprar elogios. O pior é que, algumas vezes, radialistas pediam dinheiro emprestado no final do mês para mim”, diz um ex-atleta do Vitória.

A coisa vai feder. Leia, abaixo, a nota publicada pelo  Bahia. Note que os "jabazeiros", além de perniciosos, são burros. Assinavam recibos para o clube "oficializando" o "jabá". 

O Esporte Clube Bahia vem a público reafirmar as declarações do assessor especial da presidência, Sidônio Palmeira, na terça-feira (11), à rádio Metrópole, e informar que possui a documentação dos pagamentos realizados a determinados profissionais da imprensa ao longo das últimas gestões tricolores. Seguindo os trâmites internos do clube, o material será apresentado na próxima reunião do Conselho Deliberativo para apreciação e o encaminhamento necessário.

As declarações de Sidônio Palmeira estão dentro do novo posicionamento institucional do Bahia, desde o início desta gestão, em setembro, de transparência com o seu torcedor e independência perante os veículos de comunicação.

O clube aproveita, desde já, para esclarecer que em nenhum momento buscou generalizar a situação, bem como para reafirmar que respeita a imprensa esportiva baiana e parabenizar quem faz o bom jornalismo.

Não há outra maneira de definir o assunto: é uma vergonha. Os "jabazeiros" deveriam ter os registros profissionais cassados e nunca mais poderem exercer a profissão. Vender a opinião é o que de mais baixo pode acontecer no jornalismo. O "profissional" se desmoraliza e engana  ouvintes, telespectadores e leitores com informações que interessam a alguém ou a um determinado grupo. A partir de agora, amigo internauta, filtre bem a informação que chega até você. Ela pode estar coberta de vício.