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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Um jornal sem poeta

Já foram tantas as versões para a anunciada saída da apresentadora Patrícia Poeta da bancada do Jornal Nacional, que não irei relembrá-las. Uma, entretanto, chamou a minha atenção. A que dá conta que a gaúcha caiu da cadeira por não ter ido bem nas entrevistas com as presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). 


Poeta vacilou diante da fortaleza de Marina Silva

Segundo consta nos arquivos, a atuação de Poeta desagradou a João Roberto Marinho, herdeiro de Roberto Marinho e responsável pelo jornalismo global. Na entrevista com Dilma, Poeta precisou ser socorrida por William Bonner, além de ter feito apenas duas intervenções, contra 11 do companheiro de bancada. A jornalista só falou após 7 minutos e 13 segundos de entrevista, quase na metade do tempo total. Já com  Marina Silva o desempenho de Patricia foi pior ainda. Deixou de ser clara em muitas  questões e acabou tendo que amargar um "Talvez você não conheça bem a minha trajetória", frase vinda de Marina.

Sou do tempo em que para ancorar um noticioso o jornalista precisava ter ralado muito, passado pela redação, feito reportagens de rua, entradas ao vivo, para, então, assumir uma posição mais destacada. Infelizmente hoje em dia pessoas recém-saídas dos bancos escolares, sem qualquer experiência e conhecimento de causa, são presenteadas com a apresentação de telejornais e desandam a fazer bobagens, passando um recibo de despreparo, que compromete todo o telejornalismo. Já é hora de rever estes conceitos. Nem sempre um rostinho bonito é o ideal. Capacidade, vocação, segurança e conhecimento de causa ainda são fundamentais. É o que penso.