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segunda-feira, 23 de maio de 2016

O carnaval está salvo

A recriação do Ministério da Cultura foi um ato de conciliação do Governo Temer, ao atender aos apelos dos artistas, ao tempo em que mostrou fragilidade. Se o desejo foi ter os famosos ao lado do novo Governo, o surgimento de um Ministério não fará os descontentes, contentes. Sempre haverá um novo pedido para uma nova fonte de renda para alguns. Este foi um dos erros do PT. Achar que a distribuição de favores a setores deixaria o país inteiro do lado do partido. Ledo engano, agora repetido por Temer.

Cresci e internalizei a sigla Mec (Ministério da Educação e Cultura) e, sinceramente, nunca achei que o fato de duas vertentes estarem juntas em um mesmo polo pudesse fazer uma delas menor. Não é de ministérios que o Brasil precisa. Não é  mais um ministério que vai resolver o problema cultural do Brasil. Precisamos é de uma política cultural, esta sim, muito acima de casinhas que abrigam os amigos do poder. 


Festival de Parintins, na Amazônia


Com ou sem Ministério da Cultura o carnaval nunca desapareceu, os repentistas não sumiram das ruas, as festas juninas não foram esvaziadas, nem o Festival de Parintins deixou de acontecer. Este sobrevive muito bem sem nenhuma ajuda governamental, visto a proporção que possui, conseguindo patrocínios de empresas poderosas, como a Coca-Cola. 

Agora só resta saber se os artistas que gozavam de privilégios ($$$) no Minc continuaram a "mamar" nas "tetas" do Governo, pagos com o dinheiro do povo. Isto sim, é usar o discurso de que a cultura está acéfala para tirar proveito próprio em detrimento de segmentos que clamam por recursos faz anos neste país. Vamos parar de olhar apenas para nosso umbigo, pessoal.  O Brasil é maior do que todos nós.