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quarta-feira, 21 de março de 2018

A trava-elétrica de Jaelson Marcelino

Depois da trava-elétrica que o técnico do Asa Jaelson Marcelino colocou no CSA, na primeira partida pela Fase Semifinal do Alagoano de Futebol Profissional deste ano, no jogo vencido pelo Asa, por um a zero, em Arapiraca, na quarta, 14, vai caber ao treinador do CSA Marcelo Cabo, encontrar uma ferramenta que desative a trava, que impediu o CSA de jogar, principalmente porque Daniel Costa e Didira foram anulados por Luiz Gustavo e Cal, respectivamente, os dois volantes do Alvinegro.

Como deu certo e o Asa joga por um empate, em Maceió, no próximo sábado, 24, é provável que Marcelino repita a dose, que poderá, também, ser  aprimorada. Diante disso, entendo que a alternativa do CSA seria jogar com três meias e um volante, como mostrado na figura abaixo. Nesta formação, a defesa seria montada no chamado trapézio invertido (dois centrais recuados e os laterais formando a segunda linha), com Daniel Costa tendo a função de receber a bola à frente dos centrais para iniciar a transição, ou seja, armaria o time de trás para frente, tendo como opções de saída os laterais e os outros dois meias, um deles aberto (Didira). 


Observe as opções do número 10 (Daniel), em ele armando o time de trás para frente


Dentro desta hipótese, se o Asa determinasse marcação individual dos dois volantes em Daniel Costa e Didira - como fez no jogo passado - deixaria sem proteção a zaga. Se colocar um meia para marcar a saída de bola com Daniel, provavelmente o incubido de realizar a função não teria o mesmo poder de marcação de um volante. Em o Asa colocando um terceiro volante e o adiantando para jogar na frente da zaga do CSA, colado em Daniel, perderia um homem de ligação na hora em que tivesse a bola dominada para golpear o adversário.

E aí você pergunta: como ficaria a marcação do CSA? em dois terços de cada tempo faria o bloque alto, com os dois atacantes e os dois meias pressionando a defesa do Asa logo na saída de bola. No outro terço - momento de respiro - Didira viria fazer a função de segundo volante quando o CSA fosse atacado.

Vai dar certo? Não sei. Esta seria uma forma de jogar para tentar fugir da trava-elétrica. Ah! Jaelson, astuto como é, pode surpreender com uma nova maneira de atuar. Verdade é que a partida entre CSA x Asa será um verdadeiro jogo de xadrez, decidido pelos jogadores em campo, mas sabendo que a forma de montar o time será fundamental para obter a classificação. Com a palavra os dois treinadores.